Quando nos é pedido para falarmos de nós próprios temos tendência a referir os papéis que desempenhamos como pai ou mãe, companheiro ou profissional. Escassas serão as oportunidades nas quais nos referimos a nós próprios como indivíduos "per si". No que se refere a mim recordo-me das múltiplas vezes nas quais inquirida sobre a minha identidade imediatamente referia o meu papel como mãe esquecendo -me que antes de tudo e todos deveria existir enquanto pessoa ou mulher. Ao longo da vida aprendemos a colocar o foco sempre no exterior. Crescemos e aprendemos a corresponder ao que é expectável por parte dos nossos pais, professores, amigos, companheiros e sociedade em geral e no processo da conformidade nos distanciamos a cada dia da nossa verdadeira natureza e essência perdendo o contacto com a nossa criança e chama interior. Ser ou tornar-se mulher é uma das maravilhas da natureza. É um misto do raio de sol em terra húmida dando origem à vida. Ser mulher é gerar vida e celebrar vida.
Há um momento na vida em que o solo debaixo dos pés parece desmoronar e nos sentimos "presos por um fio". Vivi um momento semelhante, em 2015. Enfrentando os desafios do autismo com o meu filho e sentindo-me perdida ou a desmoronar debati-me com duas escolhas: desistir ou agarrar a vida. O meu livro "A Vida é o que fazemos Dela" é a minha resposta a este momento de incerteza e um relato de uma bela incursão ao encontro de mim mesma. Podemos perder-nos na dor ou transformar a dor. Este é um livro que relata a dor e a sua transformação e como nenhuma mulher está verdadeiramente só. “A vida é o que fazemos dela” de Helen Costa, é um livro que põe a nu a luta guerreira de uma mãe e mulher, o crescimento de um ser humano, o amor, a esperança e desesperança, os altos e baixos, os desafios, a procura, a cura, a busca do caminho…. no fundo fala-nos do que condensa tudo isto – da vida. Contada na primeira pessoa, esta vida é quase uma viagem pela descoberta do sagrado feminino, em que a autora nos vai guiando em tom de desabafo e segredando ao ouvido de coração aberto. “ Ana Ventura Miranda. Diretora de The Arte Institute, New York. https://www.chiadoeditora.com/pesquisa?q=a+vida+%C3%A9+o+que+fazemos+dela
Há 30 anos na área da educação, nos diversos graus e níveis, sinto que o sistema educativo nunca esteve tão longe das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Pais, alunos e professores distanciam-se, a cada dia, em sistemas educativos ultrapassados, não se reconhecendo a evolução da sociedade e as mudanças perpetuadas no ser humano. As crianças de hoje e os nossos jovens mudaram e precisam de uma educação e orientação que tem uma percepção holística do indivíduo potencializando as suas capacidades. Educar corpo, mente e alma é preciso. Apoio crianças e pais a responderem aos desafios da educação e vida dos nossos dias numa perspectiva abrangente do ser humano.